Eu já me coloquei de pé quando eu mesma pensei que não conseguiria dar um passo a frente, já me dei um tempo por necessidade do coração, já engoli o choro diante de uma humilhação, ofensa e afronta para não ter que revidar e jogar fora tudo de bonito que Deus havia construído em mim, já me lamentei demais por algumas perdas, e o mais interessante, já me calei para não ter que magoar quem eu mais amei.
Me superei e continuo me superando. Se você me perguntar do que eu me arrependo, a minha resposta será simples: só me arrependo daquilo que nunca tentei por medo, ou por me achar pequena demais. A gente se supera sim, principalmente quando a queda é grande, e as dores profundas. A gente se supera quando a vida nos mostra que somos os culpados das expectativas que criamos, e das urgências que carregamos dentro de nós.
A gente se supera quando a alma diz: não aguento mais, preciso me cuidar. A gente se supera quando percebe que a nossa importância deve estar acima da covardia do outro. A gente se supera quando consegue se amar de maneira correta e se perdoar por inteiro a ponto de perdoarmos quem só nos decepcionou. Nenhuma dor é eterna, e quando a vencemos em nós nos damos uma chance de recomeço, mesmo que em processo de cura.
O que eu tenho para te dizer hoje é: o lugar que você caiu, é o mesmo que te despertou de um sono profundo, e te trouxe de volta a vida. É o mesmo que te apresentou a força que você nunca sentiu, é o mesmo que te ensinou que é do fundo do poço, onde muitos pensam não ter saída, que se formam os grandes heróis. Nada é maior do que o cuidado do Senhor com a nossa vida, e, não podemos de maneira alguma nos anular pelos ventos contrários que surgem. As circunstâncias nos transformam também, quando decidimos nos olhar com mais respeito e responsabilidade.
Cecilia Sfalsin.
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