Dizem que fruta podre cai sozinha, e é a mais pura verdade. Mas as bichadas não.

Dizem que fruta podre cai sozinha, e é a mais pura verdade. Mas as bichadas não. Algumas são até aproveitáveis quando tratadas,  outras não.  Algumas caem quando balançamos a árvore, outras insistem em crescer ali, e são aparentemente lindas e convidativas, até serem mordidas. Infelizmente, algumas pessoas tropeçam em seu atos, e se revelam exatamente como são. Outras, se escondem em uma falsa personalidade. 

Parecem ser respeitosas, mas não são. Parecem ser tranquilas e cheias de sentimentos bons, mas não são. Parecem que sabem o seu lugar, e o lugar do outro, mas não sabem. Parecem levar a sério uma boa amizade, e são super dedicadas e espontâneas, só que não. São frutas visivelmente belas, mas quando mordidas, quando contrariadas e insatisfeitas mostram realmente quem são em seus atos e palavras. Se transformam de uma tal maneira que nos assustam, e eu, respondendo por mim, me protejo de pessoas assim.

 Me distancio, e tento não nutrir aquilo que elas, por descuido ou infelicidade lançam em mim. Tento não dedicar o meu tempo a questioná-las, afrontá-las, ou tentar mudá-las, porque isso faz parte do caráter de cada um, e nesse quesito existem os bons e os ruins, e eu fico com aqueles que são aproveitáveis, e que não são influenciáveis. Até nisso somos provados por Deus. Certas situações Ele permite que aconteça em nossa vida para nos mostrar quem somos, e quem o outro é. 

Ele nos ensina a separar o joio do trigo, ele nos força a balançar a árvore, e a peneirar a alma para que no decorrer do caminho a gente saiba com segurança quem é que nos constrói diariamente. São descobertas que nos entristecem muitas vezes, mas que nos fazem ver o mundo de uma forma diferente. Portanto, caia na real, olhe para frente e agradeça a Deus pelos livramentos, repentinos e até surpreendentes talvez, que Ele te deu. Ele sabe o que faz.

Cecilia Sfalsin