Sempre acreditei que no mundo em que vivemos não há acasos, e que se alguma coisa nada agradável nos acontece, ou é a vida nos ensinando ou é Deus trabalhando, não há outro motivo que justifique certas situações difíceis, certos afastamentos, certas dores.
Sei que não podemos viver pelas circunstâncias, e que as vezes temos que tomar fôlego primeiro para depois prosseguirmos, mas é que na verdade, tem certos momentos que os cansaços chegam, falo sério, tem dias que da vontade de arrastar o ponteiro do relógio para que as horas passem rápido e a gente não precise olhar para cara de ninguém, só para o travesseiro e a escuridão do quarto.
Dia desses me deu uma saudade tão grande da época em que eu não tinha medo de atravessar a rua, porque quando somos pequenos não temos medo de quase nada, nem fazemos questão de olharmos para os lados, temos quem olhe pra gente, mas quando crescemos, são tantas responsabilidades que a gente tem, são tantos conflitos internos, são tantas coisas mal resolvidas, que se não buscarmos a sabedoria de Deus e a força que vem dEle, a gente não aguenta mesmo.
Não sou de ferro, tenho la minhas queixas, mas aprendi que é preciso fé, coragem e perseverança se realmente quisermos alcançar um sonho, se realmente estivermos dispostos a lutar pelo que queremos ou por quem queremos do nosso lado, entendermos que nada é fácil pra ninguém, e que todo mundo tem que batalhar pra ter e pra ser também.
É bobagem desistirmos no meio do caminho, e é muita covardia pensarmos que não vamos conseguir depois de muitos passos dados. Sei lá, eu aposto tanto na força que há no dia seguinte que se me perguntarem se vale a pena, eu direi: Sim, vale a pena, vale a felicidade, vale os milagres, vale o melhor que esta por vir.
Cecilia Sfalsin