Alguns distanciamentos me doeram demais, algumas perdas me fizeram chorar, alguns desafetos me feriram, e alguns acontecimentos me fizeram crescer. Não sei dizer ao certo o porque de muitas coisas, mas posso te afirmar que aprendi a ter mais prudência com quem esta a minha volta, a caminhar devagar, a não falar tudo que penso indevidamente e a refletir em minhas atitudes sem culpar sempre o outro pelas coisas ruins que me aconteceram.
Assim como as pessoas nos decepcionam, nós as decepcionamos também, não somos perfeitos, e na maioria das vezes fazemos vistas grossas pra não termos que reconhecer que a falha foi nossa, que a ignorância foi nossa, que a meninice foi nossa também, e com isto afastamos de nós pessoas que nos foram muito queridas. Por outro lado há aqueles que não fazem ideia do quanto significavam pra gente, e por uma insatisfação, nos feriram impiedosamente, como se nunca tivessem nos conhecido, como se nunca tivessem nos sentido de maneira linda e sincera.
A vida da gente é assim, esta inconstância de sentimentos, e com isto o amor, a fidelidade, o companheirismo, estão ficando escassos pela negligência de muitos em não se colocarem no lugar do outro quando necessário, em não se dispuserem a sentir o que outro esta sentindo, em não saberem resolver uma divergência sem criar nós, sem desfazer laços, sem maltratar corações.
Dizem que conselho não é bom por ser gratuito, mas arrisco a te dar um, porque nada de graça dói, jamais abandone amigos, jamais deixe com que fofoquinhas, conversinhas, amarguras ou decepções te afaste de pessoas que vale a pena, jamais deixe de ouvir o outro quando algo não estiver indo bem. Sempre acreditei que o que é verdadeiro não acaba, que todos nós somos falhos e que se queremos uma chance, temos que aprender a dar uma chance também, a quem mesmo que tropeçando, um dia nos quis muito bem.
Cecilia Sfalsin