Não, eu não virei o disco, eu não mudei a música, eu não o arranquei do meu coração, eu não sangrei a alma, nada disto, eu apenas passei a não me importar, a não querer saber, a não ficar no pé, a não dizer oi, a não procurar.
Não sei se tomei a decisão certa, mas é a que me fez bem no momento, é a que me deu certas certezas de que eu precisava me cuidar, de que eu precisava ficar na minha, pra ver se o lance era sério, se os sentimentos eram realmente sinceros, e se a minha falta era sentida.
O problema não é o amor, o problema é a forma como lidamos com ele, é como se nos doássemos tanto a alguém ao ponto de nos perdermos de nós, e não encontrarmos mais aquele alivio no peito de sentir aquele tal amor próprio. Há quem diga que se gostamos de alguém, temos que nos entregar por inteiro, discordo, nem sempre é assim, nem sempre podemos mergulhar de cabeça em uma relação que não nos transmite segurança, que não nos protege, que não nos da o abrigo devido.Se você se ama, você se protege.
Sei que muitos vão dizer, ahh, falar é fácil, a teoria é bacana, nas palavras tudo é lindo, e eu vou dizer sempre, aproveita para aprender, ao invés de falar demais e se auto desmerecer, se auto diminuir. O mal de muitos é não andar pra frente, e se colocar totalmente dependente de alguém que não cresceu, que não aprendeu a respeitar sentimentos, e que por negligência, brinca de gostar.
Se não te procura é porque não esta nem ai pra você, se tira onda com a sua cara, se desliga o telefone, se sente melhor sem a sua presença, poxa, cai fora, e dê aquela volta por cima, difícil, mas super possível. Dia desses li um comentário em um dos meus textos que aplaudi de pé, onde uma leitora diz que quando decidiu virar o jogo, ficou linda, se cuidou, se valorizou, e hoje esta super feliz, e detalhe, com um grande amor, portanto, jeito tem, é só você se permitir a isto,
Cecilia Sfalsin