Uma das coisas que nunca aprendi nesta vida é fingir que estou bem com alguém quando eu não estou, isso é desde da infância confirmadíssimo pelos meus pais. Minha mãe diz que eu sempre fui calada, arredia, não era de muito papo, mas quando eu me agradava de alguém a amizade sorrateira e tímida virava até chatisse, porém, nunca fui de muito apego, e agradeço a Deus por isso, agradeço a Ele por ser assim, porque as vezes precisamos nos colocar no nosso lugar com as próprias pernas, antes que alguém nos empurre de vez por não se agradar da gente.
Sou bem na minha, não gosto de expor minhas dores nem tampouco minhas chateações e sei muito bem me comportar quando alguém tenta me tirar do sério, sei contar até mil, respirar fundo e bater a porta na cara pra não ter que revidar ofensas ou descer ao nível de quem não sabe se equilibrar no próprio salto.
Não estou dizendo que isso me livra de decepções, longe de mim dizer isso, mas acreditem, me priva de muitas e me ensina que nem todos são iguais e que se eu pretendo ter paz com todos, preciso ter paz comigo, preciso fazer com que o meu comportamento não mude pela ignorância ou o descaso do outro, preciso me valorizar e acima de tudo isso, preciso agradar a Deus e não é praticando o mal ou carregando mágoas dos outros que conseguirei isso.
As pessoas são o que são(fato) e não esta em nosso poder mudar ninguém, mas podemos nos cuidar e fazer com que as coisas se ajeitem como devem ser, sem maltratarmos ou ignorarmos quem quer que seja. Nesse mundo aonde todos nós nos abrigamos, o que nos difere do outro é o lugar e talvez o nível de vida que levamos, mas o fim é igual para todos e diminuir ou menosprezar alguém é uma grande tolice e um descuido quase que imperdoável com a própria alma.
Devemos vigiar nossas ações para que elas não venham trair nossas palavras e roubar de nós o que temos de mais bonito, o carater e a personalidade.
Cecilia Sfalsin