Perdoei sim, e oro todos os dias por aqueles que me fizeram mal um dia. Peço a Deus para abençoa-los e fazer com que eles prosperem muito. Não que eu seja super boazinha ou santa demais, até mesmo porque essa infeliz natureza humana nos tenta a ser covarde a cada minuto. Apenas aprendi que não posso oferecer aquilo que eu não tenho dentro de mim, RESSENTIMENTO. E que o meu coração precisa de espaços para receber do Senhor as alegrias do por vir.
Talvez eles nem entendam minhas atitudes ou até me julguem por elas, mas eu aprendi que é melhor ser livre do que ser refém do ódio. É melhor ter passos leves a ter que carregar uma mala pesada todos os dias só para alimentar o meu ego ferido e inquieto, que é melhor eu me doar em amor e saber que eu estou fazendo o que Deus se agrada, do que bancar de gente certinha desagradando aquele que me abençoa com a vida.
Não é fácil ter que engolir uma ofensa, mas pior do que isso é não ter paz. Lutar contra o NOSSO próprio eu é difícil, porque somos levados muitas vezes a apontar os erros dos outros sem admitirmos que somos iguais, que somos humanos, que falhamos, que erramos, que julgamos, que ofendemos, que denegrimos, e isso realmente é um desastre na alma de quem não se permite fazer uma leitura do seu próprio coração. A balança do bem pesa mais, e a do amor verdadeiro também. São duas coisas que não se mendiga, não se rasteja e não se fica lambendo tapete de ninguém para se conquistar.
A partir do momento que você perdoa alguém e pede perdão, independente do que ele te oferecer, sinta-se livre, sinta-se protegido, sinta-se amado(a) por aquele que realmente não te condena por nada. Já feri muita gente nessa vida e me retratei devidamente, como já fui ferida muitas vezes e perdoei como deveria. Fácil? Não. Simples? Mas preciso e liberta(dor). Principalmente quando decidimos ser cura ao invés de cutucarmos feridas alheias.
Cecilia Sfalsin