Tudo que Jesus  fez foi ensinar, curar, amar, e perdoar.  Ao lado dele estavam os discípulos, que  mesmo o conhecendo tão bem, e ouvindo da boca d'Ele que a sua alma se encontrava triste  alguns deles dormiram quando ele mais precisou de alguém que orasse e vigiasse com Ele, sem nos esquecermos de Judas que o traiu, e Pedro que o negou no caminho. 

Alguns vão dizer: tudo foi necessário. Sim, eu concordo, mas em se tratando de vida a palavra d'Ele que é viva e eficaz deixa claro pra mim e pra você que por mais cercados de amigos que estejamos, por mais envolvidos e amados, nem sempre poderemos contar com todos. Nem sempre teremos o amor, o apoio, a companhia, o respeito, a compreensão de todos. Há amigos mais chegados que irmãos.

Há aqueles que a gente nem precisa dizer nada,  o nosso coração grita e ele ouve a milhas de distância, mas há aqueles que estão todos os dias com a gente e na hora da dificuldade, do aperto, do querer alguém só para encostarmos no ombro e descansar das dores se fazem de desentendidos, ou se ocupam com as suas obrigações pessoais, e eu não os julgo por isso. Na verdade eu acredito muito no socorro de Deus em forma de pessoas preparadas também, e creio que às vezes a gente rema sozinho e tenta vencer as tempestades contando só com Ele, e mais ninguém. 

O que eu quero dizer a você, é que certas lutas são necessárias, e que ao invés de culparmos o mundo por nossas inquietações, ao invés de alimentarmos demais aquela decepção gerada pelo abandono de alguns, ao invés de nos sufocar por quem não estendeu a mão pra gente, que dobremos os nossos joelhos e oremos por nós, e por eles também. Que saibamos perdoar e seguir em frente crendo que pra tudo há um propósito. Eu sinto muito que aquele amigo que você tanto confiava não foi legal com você, mas eu sinto mais ainda por você que decidiu focar  mais no vacilo dele, do que na ferida que os problemas da vida te causaram, e que precisam urgentemente de cura. Se fortaleça em Deus, e continue. Sozinho a gente nunca fica.

Cecilia Sfalsin

Jesus nos deu uma grande lição de amor, compreensão e compaixão  quando se sentou a mesa com todos os discípulos e com eles dividiu o pão. Entre eles estavam Judas( que o trairia) e Pedro ( que o negaria). Jesus deixou claro que sabia do mal que estava no coração deles, mas não apontou dedo, não os expôs, não gritou o nome deles aos outros porque no fundo Ele sabia que seriam insultados, envergonhados e rejeitados pelos outros que ali estavam.  Ele conhecia a fraqueza de ambos, e o coração de todos. Pedro era medroso, homem de pouca fé, e impulsivo as vezes.  

Judas tinha o caráter ganancioso, e capaz de tudo para se dar bem. Infelizmente estamos cercados de pessoas assim, que se sentam a mesa com a gente, que recebem o nosso melhor e a nossa confiança, que ganham de nós todo o cuidado  possível, mas no coração carregam o desamor, a inveja, a traição, o engano, a ambição e a ruindade. Que nos sorriem com os lábios, mas nos apunhalam com o coração. Infelizmente, a nossa volta, no ambiente familiar, no trabalho, na igreja que congregamos estamos abraçados por pessoas que demonstram sentimentos bons por nós, e talvez até sejam verdadeiros no sentir, mas são fracos quando o seu desejo de ser superior, e melhor falam mais alto.  Jesus era perfeito, e teve que lidar com gente assim, imagine nós, seres imperfeitos. 

 Somos provados até nessas situações, e levados a fazer a diferença, a amar, a querer bem mesmo sabendo que aquela pessoa nos afronta ou  tenta nos prejudicar. Ás vezes temos que contar até mil, para não colocarmos o dedo na cara delas e dizer: eu sei quem você é, e sei o que você faz e fala contra mim, mas isso só nos faria descer ao chão que elas pisam, e não nos edificaria em nada. Ignorar o mal, e seguir em frente é a nossa mais sábia escolha. Após entregar Jesus Judas sentiu remorso por ter traído sangue inocente, e não teve mais paz. 

Quando Judas, que o havia traído, viu que Jesus fora condenado, foi tomado de remorso e devolveu aos chefes dos sacerdotes e aos líderes religiosos as trinta moedas de prata, (Mateus 27:3). Após negar a Jesus Pedro chorou amargamente, e com a sua inquietação na alma veio ao arrependimento. Ninguém fica com a consciência tranquila quando pratica o mal contra a gente. Principalmente quando percebem que não somos, e nem agimos como eles. Principalmente quando se dão conta, que quem faz justiça por nós, é Deus.

Cecilia Sfalsin