(...) aprendi a ser seletiva e prudente. É claro que tenho os meus contatos mais chegados, que realmente me abraçam quando eu preciso, mas não sou de multidão. Isso não é egocentrismo, é proteção gerada através de muitas decepções superadas. Isso também não quer dizer que não devemos confiar em ninguém, ou nos ilhar, quer dizer apenas que há aqueles que estão do nosso lado para o que der e vier, e há aqueles que estão só de passagem, que merecem todo o nosso amor e respeito, mas não jogam no mesmo time que a gente, não torcem por nós, não são confiáveis.
Sou humana, assim como você tenho problemas, coisas mal resolvidas, desacertos, dias difíceis e pessoas difíceis ao meu redor também. Encaro minhas guerras internas, faço valer o cuidado do Senhor com a minha vida, conto com quem realmente posso contar, e não espero nada de quem nada tem para me doar. Não fico pelos cantos forçando a atenção ou ferindo os outros por suas fraquezas. Quem cria expectativas se torna mãe da frustração. Tudo é uma questão de escolha, e escolho me cuidar e proteger o meu coração do que não faz bem a ele.
Dei essa volta toda só para te dizer que a vida da gente é uma roda gigante sim, dá muitas voltas, faz muitas paradas, balança a gente de um lado para o outro, mas não se esqueça: ela sempre nos coloca no mesmo lugar, mas com novas experiências, de um jeito totalmente diferente do que muitos imaginaram quando nos viram embarcar. Não tenho medo de seguir. Tenho fé em Deus, e quer saber? Admiro demais essa mulher que me tornei, ou melhor, que Ele me tornou.
Cecilia Sfalsin